2010/08/23

DESIGN GRÁFICO_O PODER DA COMUNICAÇÃO_2. DEFINIÇÃO DO OBJECTO

Graphics can be signs, like the letters of the alphabet, or form part of another system of signs, like road markings. Put together, graphic marks – the lines of a drawing or dots of a photograph – form images. Graphic design is the business of making or choosing marks and arranging them on a surface to convey an idea.
Richard Hollis, Graphic Design, A Concise History, Thames & Hudson, coll. World of Art

O grafismo reforça, pois, o poder de comunicação de um objecto, de uma marca, de uma empresa e visa facilitar o produto aos olhos do consumidor, no triplo aspecto da (i) visibilidade, da (ii) legibilidade e da (iii) memorização.

Todavia, o grafismo, stricto sensu, consiste numa arte aplicada ao sentido, i. e., numa resposta supostamente adequada a uma funcionalidade – na circunstância, a de comunicação pelo viés do visual. Na realidade, nascido na sequência do desenvolvimento das trocas comerciais e das inovações tecnológicas que favoreceram o advento de novos comportamentos, o grafismo reveste-se de várias formas - o cartaz, o livro, a sinalética, a embalagem, o sítio internet, os produtos multimédia, o logótipo, a identidade visual, a capa de CD, o genérico de filmes, a tipografia, em suma, tudo aquilo que é capaz de responder positivamente a uma necessidade de comunicação momentânea.

Já em sentido mais amplo, o grafismo consiste na concepção e na realização de todo e qualquer produto fabricado pelo homem e, nesta perspectiva, o objecto de estudo definir-se-á como um instrumento de melhoria relativamente à sua qualidade de vida. Assim considerada, a tarefa é, antes de mais, uma actividade intelectual, técnica e criativa que consiste em fornecer uma resposta favorável a um problema de comunicação visual de qualquer sector da sociedade, aliando (desde o Bauhaus de 1924...) uma solução de compromisso entre forma e função.
© Manuel Fontão

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