2010/06/30

THE MOONWATCHER’S DEFEAT de JOÃO TABARRA

A proximidade amadorística da obra de João Tabarra à música, à literatura, à poesia, ao cinema, à ciência ou à filosofia consubstancia, sem dúvida, o seu trabalho diário de atelier, recorrendo à investigação profunda e séria, ao desenvolvimento progressivo dos conceitos e a uma certa valorização dos conteúdos criativos (face aos meios técnicos), cuja maturação aliás traduz, posteriormente, em imagem...

De resto, as ideias de suspensão, de permanência ou de infinito – cujos atributos assentam numa profunda admiração pelos limites do universo e por uma desejada conquista do espaço (cf. A letra G, que dá nome à exposição e que se refere à constante gravitacional universal) – encontram-se latentes em The Moonwatcher´s defeat, em que o osso, ícone estranhamente pousado frente a um personagem (velado no primeiro vídeo), surge num movimento que, ascendente, simula uma cena de arremesso e que, acto contínuo, se transforma em nave – que, fatalmente, se desintegra, provocando uma dramática ruptura evolutiva da estrutura..




© Manuel Fontão

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