2010/06/28

THE FORGOTTEN MASKE

Toda e qualquer cidade é, fundamentalmente, caracterizada pela aglomeração de pessoas, cuja concentração gera, como é óbvio, vários detritos. O facto prende-se, na sua essência, com o incremento das relações sociais (industriais, comerciais, culturais, residenciais, etc) e, nesta óptica, constitui um fenómeno perfeitamente natural dos nossos tempos.

Aliás, o problema da poluição urbana começa a desenhar-se logo no início o século XIX, com o advento da Revolução Industrial (cf. Inglaterra) e, hoje, com o aumento exponencial da população, a questão tem-se agudizado, muito pela inércia dos estados (cf. o fracasso de Quioto) e pela pouca consciência ambiental dos povos.

De resto, o mundo coetâneo não conta, ainda, com uma rede de controlo da qualidade do ar mais ou menos massiva e abrangente, e, quando os meios existem, a verdade é que, a maior parte das vezes, o meios se encontram - hélas! - inactivos por falta de manutenção ou de investimento. Por conseguinte, só as condições atmosféricas favoráveis das cidades, como por exemplo, os ventos fortes e frequentes, conseguem fazer dispersar a poluição e, destarte, são os fenómenos naturais que têm evitado o disparo de alerta geral e urgente...

Note-se, todavia, a existência de cidades que atingiram um ponto deveras crítico, como por exemplo, Roma, Atenas, Lyon, Cidade do México e Caracas, ao ponto de se impor, aqui e ali, restrições severas à circulação automóvel. Com efeito, o tráfego automóvel constitui a principal fonte de poluição atmosférica das grandes cidades, representando 64% do total em Nova Deli, 70% em Paris e Varsóvia, 77% na Cidade do México e 90% na capital venezuelana (valor record).

Urge, por conseguinte, tomar medidas. Entretanto, não se esqueça de que há sempre um meio alternativo...




© Manuel Fontão

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