a cidade o frenesim
as cores locais
estampam-se imperceptivelmente
no rosto de cada um
que é diferente dos demais
montpellier mutante
montpellier à hora do meio-dia
sente exorbitante o colorido
queima o indígena
o nómada
o mestiço
e os outros que não têm rosto
montpellier mutante
montpellier à hora da sesta
embala o operário ocioso
adormece o aprendiz de cousas alheias
amansa o diligente
montpellier mutante
montpellier ao jantar
come frugal
à luz do sol entorpecido
cromático espectral matizado
montpellier à hora do bar
bebe fresco
respira cálido
fala quente
canta a frase que se solta
faz a fiesta caliente
mais à frente uma vodka ardente uma krono
o prazer de beber frais
montpellier à hora de deitar
respira um ar cosmopolita
de uma cidade árabe espanhola alemã
portuguesa porventura
é francesa
é mediterrânica
com certeza
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