2010/05/09

MIGUEL UNAMUNO E AS RELAÇÕES IBÉRICAS

O Centro de Língua Portuguesa prossegue com a execução do seu Plano Anual de Actividades, e, desta feita, abrimos as portas, de par em par, ao Ciclo de Conferências.

Para o efeito, convidamos o Professor João da Costa Lopes, jurista, co-fundador e actual Presidente do IPC (Instituto Português da Cultura), a quem a cultura portuguesa muito deve. Com efeito, o orador, formado em jornalismo pela UCAB (Universidade Católica Andrés Bello), continua a desenvolver um intenso trabalho em múltiplas áreas da portugalidade - desde o ensino, à promoção da cultura portuguesa lato sensu.

Ora, num mundo cada vez mais globalizado, em que as fronteiras geográficas se esbatem e se sobrepõem, o tema não podia vir mais a propósito: Miguel Unamuno e as Relações Ibéricas. Porque é da herança ibérica que se trata. Quer dizer, de diferenças e de idiossincrasias. Do único e do múltiplo. Do mesmo e do outro...

Com efeito, quantos escritores e intelectuais de várias áreas do saber não actualizaram, desde então, o tema? Será necessário apelar ao Pan-Iberismo de Miguel Torga? Será preciso reler a Jangada de Pedra de José Saramago? Mas ter-se-á de apelar à invectiva de Ega (acerca da ameaça espanhola)? Será necessário convocar a fusão de códigos culturais tão característica das zonas raianas? Será necessário, enfim, reflectir sobre a invasão económica da Espanha nestas últimas décadas?

Claro que não! Basta, tão-só, vir ouvir o exímio orador, para que embarquemos, sem perigo de cataclismos, numa viagem com terra à vista. Basta participar nesta trama discursiva para que o passado, o presente e o futuro se conjuguem num único momento e num único espaço - o discurso interactivo e plural.

Ah! Sim. O momento... O momento, esse, terá o seu início às 10 horas do próximo dia 14 (catorze) e o espaço será o de sempre – o Auditorio de Educación da UCV.

Venha daí. A viagem vai começar. Em terra firme. E sem os tremores inquietantes de Pedro Orce. E sem os estorninhos. E sem Chaumareys... com claro prejuízo para Géricault. Mas a cada arte o seu modus operandi. E, aqui, damos a palavra, não ao pintor, mas ao orador, quer dizer, à arte de saber falar. A tarefa fica em boas mãos...
© Manuel Fontão

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