2010/02/16

UMA VISITA 3D AO MOSTEIRO DOS JERÓNIMOS

As formas de comunicação e de divulgação do património evoluíram significativamente desde os princípios do século XX, altura em que os postais, a fotografia e, mais tarde, o cinema se encarregavam de levar, ao resto do mundo, os costumes e as tradições das mais variadas comunidades.
Todavia, nos dias de hoje, a Internet aportou novas possibilidades comunicativas, a uma escala planetária e a uma velocidade sem precedentes. Aliás, algumas tendências emergentes (tais como a realidade virtual, a realidade simulada ou o GPS) assumem-se como novas soluções para a (re)interpretação e comunicação do património.
Não obstante o que acaba de ser dito (e sem prejuízo de encararmos a tecnologia como uma ferramenta para conhecermos o nosso passado), a verdade é que as novas tecnologias constituem tão-somente um meio para a (re)estruturação do conhecimento, quer dizer, faculta-nos apenas uma gama de informações mais ou mneos variável que, em última instância, carece de uma hermenêutica particular - e de cada intérprete.
Ora, nesta óptica, a inovação tecnológica pode – e deve – estar ao serviço de instituições tão distintas, como por exemplo as escolas, os museus, as bibliotecas, mas, ao apostarmos nas novas tecnologias, importa saber como é que vamos assegurar o futuro, isto é, importa perceber como é que vamos (re)interpretar a divulgação do património.
Com efeito, não basta que as escolas, as bibliotecas, os museus, etc. reproduzam simplesmente o conteúdo que já existe em papel, mas, bem pelo contrário, exige-se-lhes que sejam capazes de explorar todas as novas possibilidades oferecidas pela Internet, as quais devem ultrapassar as meras preocupações logísticas (marcação e preparação de visitas, inscrições nas actividades de extensão cultural, etc.), para passar a inscrever, nos seus cronogramas de acção, as visitas virtuais, os campos interactivos com o visitante, a avaliação do trabalho feito (cf. inquéritos de satisfação), a prospecção das fontes de interesse do mercado, etc. Porque, quer se admita ou não, é indiscutível, hoje em dia, o benefício de um sítio virtual. Pelo que a questão central passa, doravante, pelo desenvolvimento de conteúdos multimédia que facilitem a interactividade que, por razões de conservação e de segurança, as múltiplas colecções (livro, quadro, tela, estátua, etc.) ainda não autorizam….
No entanto, através de sistemas sustentadamente georreferenciados e/ou de animação multimédia, parece ser possível traçar percursos a nível nacional que valorizem as diversas formas de património. Tal é o caso do projecto que aqui se apresenta.
Boa visita!


NOTA: caso pretenda ter acesso directo ao sítio, clique aqui.




© Manuel Fontão

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