2010/02/26

PATRIMÓNIO_05_CONCLUSÃO

Os homens formam uma comunidade de excepções.

Alain Finkielkraut

Este trabalho assumiu a mudança como sinónimo, ou melhor, como um hipéronimo das dinâmicas interpessoais e intergrupais, o tempo foi percebido como recurso, isto é, como percepção (observável) e como objecto de luta, o trabalho, esse, foi perspectivado como uma mais-valia ao serviço do embelezamento do (nosso) jardim, ou seja, como um conjunto mais ou menos variável de tarefas e de relações humanas estruturadas de um modo muito particular e, por fim, o património foi compreendido como um vasto conjunto de práticas e de subculturas que coexistem – a meu ver, de forma negativa, i.e. opositiva – num mesmo espaço, no caso vertente, num qualquer continente perto de nós. Porque a verdadeira cultura, já dizia Michel Charolles, é perceber diferenças... numa napa aparentemente homogénea, acrescentaria eu. Tal como, no fundo, na linguagem, em que o signo mais não, afinal de contas, do que tudo aquilo que os outros (signos) não são. Sob pena de se neutralizarem e de se autoexcluírem...
© Manuel Fontão

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