2010/01/05

CALDAS DA RAINHA: A CIDADE PURGATIVA

A história das Caldas da Rainha (conhecida também como Termas da Rainha) está intimamente ligada aos seus recursos termais. De resto, as propriedades curativas destas águas já eram conhecidas pela população quando a rainha D. Leonor, esposa de D. João II, as descobriu...

Ora, no seguimento deste facto, a rainha ordenou, no ano de 1485, a construção de um lugar com fins terapêuticos que se converteria no primeiro Hospital Termal do mundo. Assim, e graças a esta disposição, a cidade conheceu uma enorme prosperidade, pois que as termas eram muito demandadas pelos reis e aristocratas portugueses. Aliás, Caldas da Rainha também terá ficado a dever a sua popularidade à fruticultura e ao famoso artesanato...

Não obstante as suas potencialidades naturais (e do seu desenvolvimento e importância durante a Idade Média), Caldas da Rainha só passaria a concelho no ano de 1821.
Por outro lado, a abundância de argila, na zona, fez com que se criaram numerosas fábricas de cerâmica, e, por conseguinte, a cidade foi-se assumindo como um dos principais centros de cerâmica do país, com especial destaque para as criações do famoso artista do século XIX, Rafael Bordalo Pinheiro (que encheu suas peças de originalidade, de crítica e de humor...)
Com efeito, a cidade continua a desenvolver-se durante os séculos XIX e XX, pelo que, no ano de 1927 é, finalmente, elevada a categoria de cidade.
Actualmente, Caldas da Rainha pertence ao distrito de Leiria e as suas famosas águas sulfurosas continuam a atrair numerosos turistas, não obstante os atractivos que a cidade oferece não se quedarem pelo turismo balnear. Na verdade, a cidade destaca-se pelo seu rico património histórico e cultural, pela beleza das suas praias (adequadas aos desportos náuticos) e pelos seus museus.

© Manuel Fontão

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