2009/11/14

CULTURA PORTUGUESA CONTEMPORÂNEA_5

5. Conclusão

Ao longo deste breve excurso tive como preocupação despojar as noções (lexemas) do seu semantismo comum, tornando-os, desse modo, cientificamente válidos. Numa fase ulterior, procedi ao levantamento dos traços distintivos do ser português, reintegrando-os no sistema semiótico das representações simbólicas, tal como elas são percebidas pelo contexto imediato. Quer isto dizer que o todo cultural da PAP não pode ser entendido sem uma teoria do contexto, a qual, por seu turno, não pode deixar de recensear as unidades opositivas da totalidade sistémica, i.e., as subculturas que a compõem (uma obra de arte será tudo aquilo que as outras não são!). Por fim, e após seleccionar um corpus representativo do homo faber português (o saber-fazer), concluo que a arte deve, acima de tudo, respeitar os limites éticos do outro , até porque a arte e a cultura servem para que, na vida [de] cada um de nós, o futuro esteja presente […] e a barbárie se afaste (2006: 66).
© Manuel Fontão

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