2013/02/18

Évora, ou melhor, Ebora [para os Celtas]...

Vista panorâmica

Évora, ou melhor, Ebora [para aos Celtas]. Património da Humanidade, pois claro! Uma das cidades históricas mais belas do mundo. Com efeito, não deve ter sido por mero acaso que os Romanos construíram, aqui, o seu templo glorioso em honra do imperador Augusto. 

Conquistada aos mouros por Geraldo O Sem pavor, em 1166, tornou-se, durante a Idade Média, uma das mais prósperas cidades do reino, principalmente, durante a dinastia de Avis [1385-1580]. De resto, são notórios os vestígios de diferentes épocas e civilizações, os quais, aliás, se mantêm praticamente intactos numa cidade onde as pessoas passeiam por ruas calcetadas ao ritmo das caminhadas medievais, ladeadas, hoje, por amplas arcadas, que, a cada passo, cedem passo a pitorescas praças, a lojas de artesanato e a modernas boutiques.


Uma cidade histórica

Os vestígios da ocupação humana na cidade ou arredores são amplamente documentados desde o paleolítico superior, muito embora já no neolítico tivesse sido palco de grandes movimentações humanas, aliás, testemunhadas por centenas de monumentos megalíticos. Com efeito, após a colonização romana, Évora foi ocupada pelos árabes, durante cerca de cinco séculos, tendo sido, definitivamente, conquistada por Giraldo, O Sem Pavor, em 1165, o que significa que, a partir de então, foi integrada no Reino de Portugal. 

Já nos dois períodos de dominação de Portugal por Castela [1383/85] e [1580/1640], Évora distinguir-se-á pelos movimentos de resistência e pelas ações decisivas, com o único intuito de reconquistar a independência, cuja atitude patriótica se repetirá aquando das Invasões Francesas [1808]. 

Por seu turno, os séculos XV e XVI configuram períodos de grande crescimento e de consolidação territorial da cidade, a que não deve ter sido alheio o facto de a Corte se ter ali instalado durante longas estações. Daí a construção de palácios, de igrejas, de sítios conventuais, de fortificações militares e de infraestruturas importantes de engenharia civil, tais como o Aqueduto e o abastecimento de água à cidade. De resto, foi em Évora que el-rei D. Manuel I entregou a Vasco da Gama as instruções e o comando das naus que partiriam à descoberta do caminho marítimo para a Índia e não exagero, por certo, se afirmar que as maiores figuras renascentistas portuguesas por aqui passaram ou viveram, marcando para sempre a personalidade de uma cidade ímpar na paisagem patrimonial do país...










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© Manuel Fontão

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