2010/03/16

UM TIRO NO ESCURO: SINOPSE

Aeroporto do Rio de Janeiro. Uma menina de dois meses. Uma mãe, porventura, demasiado ingénua (ou demasiado simpática?...). Um rapto, protagonizado por uma hospedeira da TAP. Pois! E agora?...

Dois anos mais tarde, a mãe, inconformada, encontra-se em Lisboa. O que é que faz para sobreviver num país estrangeiro? Ora, trabalha decentemente num bar de strip-tease. Trabalha? Não parece! Com efeito, a moça passa a maior parte do seu tempo no Aeroporto. Se gosta de ver aterrar e descolar os pássaros do ar? Claro que não! Acalenta-a a esperança de reencontrar a hospedeira. Melhor! Acalenta-a a secreta esperança de reencontrar a filha...

Mas as coisas, hélas, complicam-se… quando, numa noite igual a tantas outras, é despedida. Despedida? Não! Deitada à rua. Ameaçada. Vilipendiada. Sem outros recursos, que faz? Não faz nada! Deixa-se arrastar pelo maléfico gang do ex-segurança do bar. Se faz bem? Se faz mal? Não importa! Tem guarida – e quando está em causa a descida ao inferno, há que saber interpretar o pasmo essencial!...

O que é que a espera, então? Aparentemente nada! Quando se perde tudo, que mais procurar? O lugar vazio da esperança? O côncavo de uma mão em riste? Mas que sabemos nós das nossas próprias escolhas? E onde começa a motivação dos nossos actos? E onde acaba? Abandonada, assim, à sua sorte, parece dar de frente com o azar. E, de súbito, vê-se envolvida numa série de assaltos a bancos. Vê-se mergulhada no crime até ao tutano. Até à medula óssea. Todavia, há males que parecem vir por bem. Contudo, há razões que a própria razão desconhece. Porque o inspector da Polícia Judiciária, que está no encalço do bando, parece, também ele, ter algo a esconder. Mas que será? Que poderá temer um inspector que, a páginas tantas, percebe que algo não encaixa neste complexo puzzle? Mas será que ele está envolvido no rapto da menina, ocorrido há dois anos, no Rio? Não! Não está! Mas então?...

Aqui fica a pergunta-chave: poderá, a pobre mãe, neste universo de polícias e ladrões, qual metáfora dos tempos modernos, reencontrar, ainda, a sua filha? Pode! Aliás, deve!..

Mas... como? Ah! Pois! Isso terá de vir descobrir, connosco. Na próxima Sexta-feira, dia 17. Às 14 horas. Na sala CERI da UCV. E não será, certamente, um tiro no escuro. Porque fazemos tudo às claras! Ora aí está: mais uma razão para vir daí ver UM TIRO NO ESCURO.

NOTA: não se acdmitem pessoas muito sensíveis a uma linguagem vernácula: a do bando.




© Manuel Fontão

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